Quanto a mim a melhor opção era aquela da rua comprida na cidade velha porque estávamos mais
Cidália Cardoso, 55 Anos, feirante
Penso que esta senhora é uma das intervenientes no período reservado ao público da Assembleia Municipal Extraordinária convocada para discutir o problema do fim abrupto do Mercado da Verderena.
Uma intervenção que interpelou directamente o Sr. Presidente da Câmara e cuja genuinidade e eloquência sensibilizou todos os presentes. A mim, concretamente, deixou-me os olhos mais húmidos do que o costume.
Tenho a convicção de que a sua opinião traduz o sentir da generalidade dos Feirantes. Por isso resolvi destacá-la.
Uma intervenção que interpelou directamente o Sr. Presidente da Câmara e cuja genuinidade e eloquência sensibilizou todos os presentes. A mim, concretamente, deixou-me os olhos mais húmidos do que o costume.
Tenho a convicção de que a sua opinião traduz o sentir da generalidade dos Feirantes. Por isso resolvi destacá-la.
3 comentários:
O famigerado mercado
Luis Zuzarte*
Na crista da onda está agora o ainda vivo mercado da Verderena que, a curtíssimo prazo, deixará de estar. Em causa o desaparecimento de um espaço e, quiçá de um tipo de venda que, em minha opinião, nunca deveria existir, com aquela dimensão e com o tipo de alguns produtos que sempre ofereceu sem que ninguém se preocupasse com isso, até que a ASAI lhe fez uma inesperada visita.
Nada tenho contra a venda ambulante e, muito menos, contra quem governa a vida através dessa forma. Tenho, sim, contra as regras e comportamentos quer de quem deixa funcionar mercados assim “à balda” e contra quem, se aproveita dessa “rebaldaria”.
Ao pensar assim, entendo que o ainda chamado mercado da Verderena, jamais deveria ter existido da forma como existe e porque assim penso, considero utópico admitir sequer ser possível a sua transferência mais para dentro da zona urbana, seja ela velha ou nova, sob pena de se matar aquilo que serve de fundamento a uma eventual revitalização de zonas históricas.
Estes mercados de rua, porque o são mesmo, vendendo o que ali se vende sem o rigor na higiene a que se obriga qualquer estabelecimento comercial, não podem, nem devem, continuar e muito menos existir. Doa isto a quem doer e possa isto contrariar alguns políticos habilidosos caçadores de votos. E, a propósito, convirá aqui lembrar a alguns políticos amnésicos que, quando o assunto foi discutido e decidido em reunião camarária, só o PSD votou contra e o PS absteve-se, ou seja, quem cala consente. Mas adiante.
A Autarquia, como se sabe, está num processo, também discutível, de construção de um novo mercado e reconversão do espaço envolvente, pensando ser isso, futuramente, um ponto aglutinador de vida no centro da cidade.
Quanto a mim não o será, mas isso são contas de outro rosário e para outra ocasião. O que interessa aqui, a propósito, é que se ampliem essas novas/futuras instalações e se remetam para esse mercado todas essas almas que, hoje, andam por aí ao pó, ao vento e à chuva a venderem o que bem lhes apetece e alguns o que não devem, por questões de saúde pública. Essa seria, quanto a mim, a solução mais responsável.
Para a via pública, tal como na Rua Augusta, em Lisboa, ou em outras cidades europeias e até mesmo à entrada de La Valeta, na ilha de Malta, as feiras são outras. O artesanato, as coisas típicas e a marroquinaria e até material “hi-fi”, constituem ali, sempre, espaços desejados a visitar.
E não venha ninguém dizer-me que falo assim porque não conheço este ou aquele outro lugar, seja em Londres ou na ilha de Chipre, porque a isso responderei, desde já, que se forem como o mercado da Verderena, nem quero conhecer.
Uma camarro não tão cosmopolita.
A fotografia que acompanha a entrevista ao Jornal do Barreiro é sensacional.Vamos fazer uma mercado à porta de uma escola primária o Conde Ferreira, brilhante, as mentes socialistas que criaram o problema com a construção do Forum, que nada fizeram durante o tempo que estiveram na camara, fervilham de ideias.
o que eu estava procurando, obrigado
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