Ficou claro, desde logo, que o anúncio público e o desenvolvimento desta ideia não tinha nada que ver com a filiação partidária de ambos, explicando-lhe eu que assumia, sozinho, os riscos e os custos de uma iniciativa que, basicamente, seria minha, muito embora se destinasse, natural e necessariamente, a ser "apropriada" por todos que a quisessem tomar como sua.
O André constituiu uma ajuda preciosa na "logística" da apresentação da ideia, no passado dia 31 de Julho, na Assembleia Municipal. Encadernou todos os 25 dossiers que distribuí, "encapou" CD's, transportou pessoas da pequena equipa que me ajudou e acompanhou - o Eduardo e a Martine Santos - e acabou por me levar a mim, completamente stressado (eu!) a tempo de, in extremis, me inscrever para os meus 4 minutos e 7 segundos de power point atabalhoado...
Depois disso, no seu Blog "Vox Clamantis in deserto" tem sido dos mais fervorosos apoiantes, se calhar porque conhece o Projecto e o que me anima, como poucos o saberão.
Um destes dias, pedi-lhe que concluísse um trabalho que eu tinha iniciado de levantamento, o mais exaustivo possível, da situação dos prédios na zona de implantação do Mercado. O André aceitou de bom grado o "encargo" , tanto mais que tem uma paixão camarra pelo Barreiro Velho.
Recebi hoje, logo de manhã, o resultado do trabalho, para cuja realização o André andou, por ali, a falar com as pessoas.
Ao visitar o seu blog, dei com um texto de hoje, que foi para a Blogosfera pelas 5:57 (ai André, André...), com o título Resposta ao comentário do heterónimo - "António" que é, como o próprio nome indica, uma resposta ao seguinte comentário, feito na postagem O Mercado e a Cidadania:
O André respondeu-lhe de uma forma que não resisto a transcrever, para memória futura:
Caro "António",
Passei toda a tarde de hoje lá, após sair do trabalho, a proceder a um levantamento exaustivo do estado de cada um dos edifícios da Rua Marquês Pombal. O muito trabalho que me deu esta tarefa têm como grande gratificação a conquista de um mais profundo conhecimento do estado das edificações daquela rua, bem como da aquisição de um conhecimento mais exacto do número de casas abandonadas, entaipadas e inclusivamente ocupadas ilegalmente.
Confesso que esta zona do Barreiro significa muito para mim, fruto de inúmeras horas passadas nos estabelecimentos comerciais ali situados, e da casa da minha amiga e ferrenha comunista - Zezinha.
Do ponto de vista humano, esta experiência foi ainda mais atraente, pois permitiu-me estabelecer contacto com muitos moradores, e constatar a enorme corrente desinformação que por ali circula em relação à proposta do meu estimado padrinho – Cabós Gonçalves.
Caro “António”, deixe-me que lhe diga, – prevendo que me vá acusar de estar a adoptar uma postura elitista, de quem pensa saber o que é melhor para quem lá mora – que esta minha constatação fundamenta-se apenas com o facto das pessoas deterem informações erradas ou mistificadas a propósito do conceito do Mercado Marquês Pombal.
Respeito quem discorda fundadamente desta ideia, mas resta-me uma questão: Quem pode ter interesse em patrocinar esta campanha de desinformação?
Nota: Os dados por mim recolhidos foram entregues ao António Cabós para que os trate da forma que entenda mais conveniente. Posteriormente à sua utilização em prol do enriquecimento do projecto desta Iniciativa de Cidadania, procederei a uma análise mais detalhada daquilo que me foi levado a concluir. Penso que a escrita dessa crónica, constituir-se-á como um proveitoso exercício para que, aqueles que têm acompanhado a maturação desta ideia, possam entender melhor a realidade sobre a qual se pretende agir.
Atenciosamente,
André Pinotes Batista
Boa noite, sempre podes ir ao barreiro velho, mais concretamente ao local em questão e subscreveres o abaixo assinado elaborado pelos moradores contra essa ideia descabida aventada por esse tal individuo militante do PS.
abraço
antónio