quarta-feira, 8 de agosto de 2007

O Primeiro e mais importante apoio!

Foto Rostos

Foi, naturalmente, com muito agrado que li a primeiríssima reacção, logo após a 1ª apresentação pública que fiz da Proposta de criação do Mercado de rua Marquês de Pombal. O facto de a mesma ser do Sr. Presidente e de ele ter resolvido manifestar, sem quaisquer “calculismo” político, a sua opinião sincera sobre um projecto que acabara de conhecer com mais pormenor – já que, antes, eu só lhe tinha traçado os contornos da ideia – encheu-me de alegria.

E serviu, já agora, para contrariar a tese dos que, por essa blogosfera fora e nos mentideros dos cafés, esquinas e esplanadas, dizem que o homem não fala nem faz nada sem ouvir as ordens do Comité Central…

Conforme consta do Rostos On line, “no final dos trabalhos da Assembleia Municipal do Barreiro, em diálogo com os jornalistas, foi perguntado ao Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, qual a sua opinião sobre a proposta apresentada pelo cidadão Cabós Gonçalves. Carlos Humberto, referiu – “Reconheço que, do ponto de vista urbano, do ponto de vista da história, do ponto de vista de uma certa personalidade que aquele espaço tem, é uma ideia que me agrada.

Não é uma ideia concretizável a curto prazo. Precisa e exige muitas medidas, muita ponderação, muita reflexão.”

Várias coisas que são preciso ponderar

Por outro lado o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro sublinhou algumas preocupações referindo – “Questões de Segurança. Por exemplo, vamos pensar, na pior das hipóteses que há um incêndio, quando estão montadas as bancas. Ou que uma pessoa precisa de uma ambulância.

Se calhar, o munícipe, até pensou nestas coisas. Não sei. Mas estas são matérias e várias coisas que são preciso ponderar.”

A concretização vejo-a muito complexa

Por fim Carlos Humberto, comentou – Qual é a aceitação da população, ali residente, de ser instalado um Mercado destes, naquele espaço?”- interrogou.

Do ponto de vista teórico, digo, é uma ideia que me agrada, do ponto de vista prático, tenho algumas reservas. Considero que exige muita ponderação. Tenho esta contradição de sentimentos. A ideia acho-a interessante. A concretização vejo-a muito complexa.– sublinhou a finalizar o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro.

Interpretei tais palavras como um claro apoio à hipótese, nova, que eu resolvi introduzir na discussão pública. De facto, o que significa dizer “que, do ponto de vista urbano, do ponto de vista da história, do ponto de vista de uma certa personalidade que aquele espaço tem, é uma ideia que me agrada”, senão um apoio que resolveu explicitar imediatamente?

Todavia, porque é uma pessoa ponderada, séria na abordagem dos problemas, que sente o peso da responsabilidade da função que desempenha e ama o Barreiro Velho, que conhece como poucos, alertou – e muito bem – para os problemas que, desde logo, identificou, a saber:

a) Que “não é uma ideia concretizável a curto prazo. Precisa e exige muitas medidas, muita ponderação, muita reflexão.”

b) Que existem “questões de Segurança. Por exemplo, vamos pensar, na pior das hipóteses que há um incêndio, quando estão montadas as bancas. Ou que uma pessoa precisa de uma ambulância.”

c) E, finalmenteQual é a aceitação da população, ali residente, de ser instalado um Mercado destes, naquele espaço?

Acrescentou o Sr. Presidente que “se calhar, o munícipe, até pensou nestas coisas. Não sei. Mas estas são matérias e várias coisas que são preciso ponderar.”

Quero descansar o Sr. Presidente. O Munícipe – eu – pensou nessas e noutras coisas, por exemplo:

1 - Várias hipóteses sobre o Modelo de organização empresarial, gestão e financiamento de todo o Projecto, no qual se inclui a criação do Mercado, como potenciador da requalificação urbana e social do Barreiro Velho.

Devo, todavia, esclarecer que uma dessas hipóteses é, para mim, a favorita. Consubstancia-se na criação de uma entidade, a que chamei “Sociedade de Desenvolvimento do Barreiro Velho S. A.”, com um capital social inicial de 1.000.000,00 €, formada em parceria público-privada, com o Município do Barreiro a assegurar, sempre, o controle de 51% do Capital Social e não tendo que investir praticamente nada, em dinheiro vivo.

Sociedade essa que não tem os “perigos” das “Sociedades de Reabilitação Urbana”, ditas S.R.U.’s, de que, segundo sei, o Sr. Presidente e o Partido que representa não gosta muito por, alegadamente, “subtrair” aos Municípios a capacidade de controlar a Gestão Urbana. Lá terão as suas razões…

O modelo que proponho tem exemplos já testados e, brevemente, tornarei publicos uma proposta de estatutos e de um acordo parassocial que tenho praticamente prontos.

2 – As questões de acessibilidades e estacionamento que, naturalmente, necessitam de ser mais desenvolvidas do que as referências esparsas que fiz na proposta que apresentei.

Todavia, na versão 1.1 do documento, que espero entregar-lhe dentro em breve, tais aspectos virão, obviamente, mais desenvolvidos.

3 – Várias hipóteses para a logística do Mercado, nomeadamente sobre os procedimentos de montagem e desmontagem e armazenamento da estrutura, sobre a limpeza da zona.

Naturalmente, um desenvolvimento maior destas questões deverá ser feito por um especialista de logística, que eu não sou.

Ainda assim, conto apresentar, brevemente, um capítulo de desenvolvimento da questão logística que irei adicionar ao Projecto.

Mas, sobre as questões específicas que o Sr. Presidente levantou, algo lhe posso já responder. Assim:

a) Ao contrário do que o Sr. Presidente acha, eu penso que é concretizável a curto prazo, embora precisa e exija muitas medidas, muita ponderação, muita reflexão.

Foi por isso que apresentei, desde logo, um plano de actuação faseado, que explicitarei com detalhe, na próxima versão do Projecto, em preparação.

b) Naturalmente que, como o Sr. Presidente desde logo admitiu, pensei nas várias questões de Segurança, de pessoas e bens, que todo este Projecto implica.

Demonstrarei, numa próxima oportunidade, que a colocação, ordenada, das bancas de venda, nos troços entre casas, permitirão a perfeita circulação das pessoas e a manutenção de um “corredor” livre para a passagem de veículos de socorro. Apresentarei plantas, sector por sector, com a implantação dos postos de venda e a definição dos corredores de acesso.

Irei, ainda, um pouco mais longe e proporei uma iniciativa internacional, utilizando, plenamente, as possibilidades das novas tecnologias, que penso poderá ser, facilmente, financiada por 2 ou 3 parceiros, dentre um grupo que indicarei, explicando os motivos de tal “escolha”.

E, para facilitar o trabalho, indicarei quais as personalidades – e respectivos contactos – que nos poderão ajudar a confrontar experiências semelhantes, em várias cidades onde existem mercados de rua e zonas antigas relevantes.

c) A única coisa que eu, de facto, não posso dizer ao Sr. Presidente é se a população da zona aceita., ou não, todo um projecto de revitalização de toda aquela área que tem como motor principal a instalação do “Mercado de rua Marquês de Pombal”. Nem eu, nem ninguém!

Nesta matéria eu acho que o Sr. Presidente tem razão. Mas na "Cidade da Participação" não deverá ser difícil auscultar, a sério, a população.

Convido-o a fazê-lo. Proponho, até, uma data – 4 de Setembro, uma 3ª feira.

E aponto-lhe um sítio – a S.I.R.B. "Os Penicheiros", colectividade de grandes tradições de envolvimento com a comunidade, que será relativamente fácil motivar para a cedência da sala, bastando explicar o que está em jogo. Se for preciso eu, que até sou sócio, ajudo nessa explicação.

E convém que estejam presentes todos os habitantes do Barreiro Velho, todos os feirantes do Mercado da Verderena e da envolvente do Mercado 1º de Maio, todas as Associações da Zona, os representantes da Junta de Freguesia e da Fábrica da Igreja de Nª. Srª. do Rosário, da Associação de Comerciantes e de Proprietários, da MDC e da Quimiparque…

Penso que a C.M.B. sabe como fazer para se assegurar que toda essa gente estará presente para discutir, sem constrangimentos, regimentais e de tempo, duas questões muito importantes para todos eles – a continuação da actividade de um mercado de rua, conceito com tradições e história, e a requalificação do Barreiro Velho.

Se a Câmara não souber, eu sei. Se a Câmara não fizer eu farei.

5 comentários:

KIRA disse...

Carlos Humberto não se opõe à ideia e não teme que ela tenha partido de um destacado elemento de partido diferente.A coisa tem perninhas para andar e, desculpa-me a graça, só um tipo de feirante ficará prejudicado: o que negoceia rádios-telefonias, telemóveis(?) e coisas do género.Porque? É O único local da cidade onde não há FREQUENCIAS HERTEZIANAS(?) É assim que se chama à famosa falta de REDE ? Falo a sério!
kira

José Gil disse...

Parabéns Cabós... A ideia é excelente e pelos vistos já começa a recolher "apoios" de peso. No entanto, parece que o sr. Presidente da Camara deu uma no cravo e outra na ferradura. Passo a explicar. Para mim as palavras do sr. presidente significam que a ideia é porreirinha (o que dito frente aos jornalistas fica sempre bem), mas em política a expressão vai ser dificil significa não querer fazer...

Como bom político que és também te apercebeste o verdadeiro apoio do Sr e desmontaste bem os seus argumentos, apresntando medidas concretas...

O que é engraçado... Em vez de a Camara agarrar no Processo, está a correr atrás de ti.

Podes contar com o meu apoio na divulgação da ideia e com uma frente de pressão no meu Blog.

Gil

SITI SAÚDE disse...

Exmº Senhor
António Cabós Gonçalves


Tenho a dizer que a sua proposta só pode ser feita por alguém que não conhece o Barreiro velho, principalmente os cidadãos que habitam a Rua Marques Pombal, moradores idosos que necessitam de paz e sossego já bastante afectado pela existência de Bares e Pubs a funcionar fora de horas e com níveis de ruído perturbador, com varias queixas já apresentadas ao Governador de Setúbal e Presidente da Câmara, queixas que serão dirigidas para o Tribunal Europeu por falta de resolução.
Perdem ainda causar mais perturbações, com um mercado em plena rua, diminuindo a acessibilidade desses idosos as suas casas e bloqueando totalmente as suas portas e acessos para prestação de socorro.
Exmº Senhor só pode não conhecer a realidade apesar dos estudos que diz ter feito e das consultas.
Mais uma vez só espero que o presidente da câmara tenho o bom senso assim como os munícipes de não deixar tal acontecer.
Mas sendo a sua preocupação a existência de um mercado de rua no Barreiro como existe na Europa como refere (Locais próprios em bairros comerciais), porque não na rua principal em frente a Câmara Municipal ou mesmo na sua rua junto a sua casa.

Com os melhores saudações
José Filipe Fernandes Nunes
Contacto: 91615002

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